quinta-feira, 30 de abril de 2015

adeus, chupeta

Mãe que é mãe tem dois problemas (e mais uns tantos) - a chupeta e a fralda. Há mil e uma teorias e cada criança é uma criança, não há motivo para pressas, mas claro, conseguir que as nossas crias larguem estes dois itens cedo é uma verdadeira proeza! Até porque, hoje em dia somos mães, donas de casa, mulheres bem sucedidas profissionalmente, somos fit sóquenão, esposas/namoradas/ficantes/forever alone's - resumidamente: somos Super-Mulheres (estafadas) e, no tempo que nos sobra, a última coisa que nos apetece ouvir é chororó por causa da chupeta :'( por favoooor!
Aqui em casa, o nível de dificuldade foi o seguinte:
Fralda de dia: dificuldade 1
Fralda de noite: dificuldade 2
Chupeta: dificuldade 99999999999999999999999

Para a fralda de dia não houve drama. Na Escolinha, desde os dois anos e meio que assim que os meninos chegam tiram a fralda e passam o dia de cuequinha. Com a ajuda das tias da Escolinha, ela começou a ter vergonha de usar fralda e lá, então antes dos três anos a fralda de dia estava despachada (com alguns acidentes pelo meio, mas poucos).
Já o desfraldar de noite foi mais complicado, porque ela bebe MUITA água e a qualquer hora. Então usou até aos três anos, se não estou em erro, porque depois não aceitou mais; nem quando está doentinha. Tivemos muitos problemas com isto, era dia sim dia não a mudar os lençóis (uma chatice autêntica, porque levantando de 3 em 3 horas não resultava e confesso que não consigo levantar-me de 2 em 2 horas e ter vontade de ir trabalhar no dia a seguir). Já tinha tentado ter um "recolher obrigatório" para a água, mas a minha mãe chamava-me negligente porque estava a negar água à criança (a Avó a ser Avó). Até que li que PODE SIM haver um maior controlo na água que a criança bebe à noite, não é mau trato à criança e readaptei a tática: hoje em dia a Marcella bebe àgua até cerca de 1h antes de deitar, faz xixi antes de deitar, vê um filme ou lemos um livro, faz xixi de novo e dorme. E, posso dizer, que temos acordado sequinhas e felizes :) resultou com ela! Estamos prontas para qualquer eventualidade com o clássico resguardo, mas as mães sabem a que é que sabe esta pequena vitória! É bom controlar a temperatuda do quarto, o frio estimula "o aperto"...

Agora... a chupeta do capeta? Isso sim foi um drama! Acredito piamente que a chupeta foi a melhor invenção dos últimos 264230 anos mas eu aplaudo quem conseguiu criar os seus filhos sem recorrer ao seu uso, porque poupou-se a muito trabalho. Tirar o hábito da chupeta é a pior coisa do mundo!
Durante uma fase, além da chupeta convencional, tinhamos de ter uma "chucha maluca" (a tetina do biberão, ou uma outra chucha normal) para ela poder fazer carinho na bochecha (esse hábito foi-se conforme veio - do nada). Depois de se mudar para a turma dos três anos (mudou com dois anos e tal), a Marcella lá entendeu e aceitou que não podia passar o dia com a chupeta na escola, mas assim que chegava a casa o terror instalava-se. Enquanto não se entrgasse o arsenal de chuchas não havia descanso. Tentei vááááárias técnicas que li na internet: prender a chupeta na cama, começar a diminuir o tempo de uso, várias! Mas no final das contas o resultado era sempre o mesmo. C H O R O. Até que desisti. "Quando ela estiver pronta, ela vai largar". E não é que foi tão simples como, perder efectivamente a chupeta e dizer "epá, Marcella, não sei aonde está, amanhã se me lembrar compramos outra, agora vamos dormir que é tarde" - isto umas duas ou três noites seguidas - e acabou. Já não há chupetas lá em casa. Estamos livres. Volta e meia ela lembra-se e diz "não vais à loja dos 'dicamentos'? Lá tem chuchas, eu sei, a minha Tia-Madrinha comprou lá".
Não, Marcella. Não vou mais.

Sem comentários:

Enviar um comentário