sexta-feira, 22 de maio de 2015

abuso infantil

Esta semana tive formação de Técnicas de Apresentação em Público (um castigo horroroso, mas que correu bem!). No fim da formação tivemos de apresentar um tema livre para o formador "analisar" o nosso desempenho final. Todos nós temos uma criança com quem nos preocupamos: filho, sobrinho, primo, filho de amigos e por aí a fora, por isso escolhi um tema sobre o qual tenho lido (até porque foi-nos dito à tarde que na manhã seguinte apresentaríamos um tema) e que achei útil para "o meu público-alvo": o Abuso Infantil. Um tema sobre o qual ultimamente, e cada vez mais, ouvimos falar e que as redes sociais vieram trazer ao de cima muita coisa que já acontecia mas que ficava encoberta, considero que merece a toda nossa atenção, porque às vezes ignoramos pequenos sinais que podem fazer a diferença.
 
O abuso tem várias vertentes, mas vou destacar aqui as tês mais comuns: o abuso psicológico, o abuso físico e o abuso sexual.
O abuso psicológico é aquele em que a criança não é maltratada fisicamente, no entanto há uma lacuna concernente ao respeito (que a criança, como qualquer Ser merece), ao carinho, ao apoio que o adulto lhe deve transmitir. A criança sofre normalmente calada, o que torna este tipo de abuso bastante perigoso porque não é visível, não se olha e se vê que algo esta errado. A tendência é esconder, até porque o abuso normalmente acontece quando não há gente a volta. Claro está, ralhar toda a gente ralha, mas há uma linha - nada ténue - entre ralhar e abusar psicologicamente de alguém. Estar constantemente a apontar os pontos negativos, a "mandar abaixo" é uma forma de abuso.
O abuso físico é agressão, a violência. Hoje em dia há especialistas que defendem que não se deve bater por motivo nenhum, que conversando as crianças entendem e que isso chega. A minha experiência diz que há dias em que ou chora a Marcella ou choro eu, mas mais uma vez, uma palmada não é uma "valente surra" e nem tudo merece palmada, as vezes a ameaça de um quarto escuro, a ameaça de não haver sobremesa, ou mesmo o guardar a bonecada toda serve para o gasto.
abuso sexual - provavelmente o mais temido. Foi exactamente um abuso sexual que me fez lembrar deste tema, depois da última história da menina que foi violada no autocarro da escola. Este é um assunto bastante delicado e sensível até para adultos, pelo que é pouco abordado até no seio familiar. No entanto, é extremamente importante que conversemos com os nossos filhos (moderando a profundidade do assunto consoante a idade), porque este é um tema da actualidade.
Posto isto deixo aqui tres dicas, importantes:
Como prevenir: conversar abertamente q.b. com a crianca e explicar o que é certo e o que não é certo, que há sítios que não devem ser tocados, que há brincadeiras que não devem ser tidas - nem com os colegas da escola - e que acima de tudo, se eles acharem que alguém - seja quem for - fez algo menos apropriado, pode contar à mamã e ao papá porque não vai ser castigado por isso.
Como detectar: estar atento aos sinais da crianca, por exemplo "nao gosto do sr. Fulano" ou "tenho medo da escola". Às vezes as crianças podem ter receio de contar, mesmo tendi sido postas à vontade para tal, pelo que não devemos ignorar estas frases. Perguntar o porquê e garantir que está tudo bem, para descargo de consciência.
Como agir: denunciar. Há linhas de apoio às vítimas de abuso, não devemos esconder por vergonha ou medo de retaliações. Qualquer tipo de abuso sobre qualquer Ser deve ser denunciado às autoridades!
Digo muitas vezes isto, mas não me canso de repetir: há coisas (como estas) que só acontecem aos outros, no entanto nós somos os outros de alguém, entao mais vale prevenir do que remediar.

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