terça-feira, 31 de março de 2015

Não sei se é fanatismo (voz do A.Ralph)

Li por aí uma notícia sobre o facto de um dos integrantes do grupo One Direction ter abandonado o grupo, por necessidade de ter uma vida calma. Achei normal, afinal de contas, hoje em dia começa-se as carreiras artísticas cada vez mais cedo e enquanto jovens há muita coisa difícil de discernir...

No mesmo dia li outra notícia sobre relatos do sentimento de perda que este assunto causou em milhares de adolescentes, levando a mensagens de ódio direcionadas à noiva do cantor e até mesmo a automutilações... dá que pensar: a influência que os artistas hoje em dia têm na nossa sociedade é quase assustadora. Não consigo entender lá muito bem como é que se chega a este extremo. Eu já fui adolescente, já fui fã de muitas boys & girlsbands, já vi algumas a acabarem e nunca fiquei de rastos com o fim de nenhuma...e antes que pensem que eu não tenho coração, tenho três irmas que reagiram igualmente bem às mesmas situações. Porquê? Não sei. Considero que éramos quatro jovens aparentemente normais, que sabiam que os tais artistas também o eram. Lembro-me que quando o Kevin R. dos Backstreet Boys casou, lá em casa ficamos de luto...mas foi um luto simbólico lol e foram tipo... 30 minutos.

Não sei - e peço desculpa - se por acaso estou a ferir alguma susceptibilidade, mas eu não consigo entender, onde estão os pais destes adolescentes? Será que conversam com eles? Será que lhes explicam que a mudança é normal, que há coisas que por muito que gostemos não são eternas ou mesmo verdadeiras? E não, não se trata de desfazer os sonhos ou as esperanças das pessoas e sim de situa-las na realidade em que vivemos. 

Eu tenho os meus ídolos, no mundo da música, do futebol, da moda, do cinema e por aí a fora. Há bem pouco tempo, por exemplo fiquei de coração partido porque o Michael Bubblé casou PORQUÊ MICHAEL BUBBLÉ?!, fiquei sentida por saber que a Angelina desmontou mais uma peça para não correr o risco te ter cancro... há situações que vivo um bocado mais freneticamente, mas nunca em tempo algum pensei em fazer algum tipo de mal nem a mim, nem a quem quer que fosse! Por vários motivos óbvios, mas principalmente porque acho que fui - e continuo a ser - muito bem orientada pelos meus pais.

Vamos lá tomar mais atenção aos detalhes, às mensagens subliminares que os nossos adolescentes nos passam... porque como eu digo sempre: a desgraça só acontece aos outros, mas nós também somos os outros de alguém! 

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